domingo, 16 de maio de 2010

Entrada de portugal na União Europeia

A entrada de Portugal na U.E. foi boa pois, os direitos humanos começaram a ser respeitados, o nível de produção e económico aumentou, o nível educacional também. Também abrimos as nossas portas aos outros cidadãos europeus, mas penso que todo este intercâmbio é benéfico, pois muitos dos nossos tinham saído.

As vantagens foram :

Os grandes subsídios europeus;
Do ponto de vista político e económica a adesão foi essencial e benéfica para todos os que apoiam a democracia e o desenvolvimento;
A nível social, a adesão permitiu-nos maior facilidade em viajar, trabalhar, estudar.

As desvantagens:

A perda de soberania de Portugal;
Não assume extrema importância o facto de o nosso Estado ter que obedecer a uma entidade superior;
O facto de quando Portugal aderiu à UE em 1986, esta já se encontrava numa fase em que era excedentária em produtos agrícolas e industriais e fez com que não tivessemos tanto dinheiro como outros países.

Países da uniao europeia

Alemanha, Austria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grecia, Ungria, Irlândia, Itália, Letónia, Litoânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia.

História da união europeia

Após o final da Segunda Guerra Mundial, caminhou-se para a integração europeia, que era vista por muitos como uma fuga das formas extremas de nacionalismo, que tinha devastado o continente.[9] Tal tentativa para unir os europeus foi a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço que, embora tendo o objetivo modesto do controlo centralizado das indústrias do carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo "uma primeira etapa da federação da Europa".[10] Os autores e os apoiantes da Comunidade incluíam Jean Monnet, Robert Schuman, Paul-Henri Spaak e Alcide de Gasperi. Os membros fundadores da Comunidade foram a Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Alemanha Ocidental.[11]

Em 1957, estes seis países assinaram o Tratado de Roma, que prorrogou o período de cooperação no âmbito da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e criou a Comunidade Económica Europeia (CEE), que institui a união aduaneira e a Euratom, para a cooperação no desenvolvimento de energia nuclear.[11]Em 1967, o Tratado de fusão criou um único conjunto de instituições das três comunidades, que foram referidos coletivamente como Comunidades Europeias (CE), embora geralmente apenas como Comunidade Europeia. [12]

Em 1973, a Comunidade Europeia é alargada de forma a incluir a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido.[13] A Noruega tinha negociado também a sua entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade. Em 1979, realizaram-se as primeiras eleições democráticas para o Parlamento Europeu.[14]A Grécia aderiu em 1981, e Espanha e Portugal em 1986.[15] Em 1985, o Acordo de Schengen abriu caminho para a criação de uma Europa sem fronteiras, permitindo que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar passaportes na maioria dos Estados-membros e de alguns Estados não-membros.[16] Em 1986, a bandeira europeia começou a ser utilizada pela Comunidade e Acto Único Europeu foi assinado.

Em 1990, após a queda do Cortina de Ferro, a antiga Alemanha Oriental tornou-se parte da Comunidade, como parte da recém-unida Alemanha. Com o alargamento para a Europa Central e Oriental na ordem do dia, os critérios de Copenhaga para os Estados candidatos à adesão à União Europeia foram acordados.

A União Europeia foi formalmente criada quando o Tratado de Maastricht entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993,[17] e, em 1995, a Áustria, Suécia e Finlândia juntaram-se à recém-criada União Europeia. Em 2002, o euro tornou-se na moeda nacional em 12 dos Estados-membros. Desde então, o euro passou a englobar dezesseis países, com a Eslováquia a aderir à Zona Euro em 1 de Janeiro de 2009. Em 2004, a UE viu o seu maior alargamento, até à data quando Malta, Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria aderiram à União Europeia.[18]

Em 1 de Janeiro de 2007, Roménia e Bulgária tornaram-se nos mais novos membros da UE e a Eslovénia adoptou o euro. Em dezembro de 2007, os líderes europeus assinaram o Tratado de Lisboa, que se destina a substituir a falhada Constituição Europeia, que nunca entrou em vigor depois de ter sido rejeitada pelos eleitores franceses e holandeses. No entanto, a incerteza sobre o futuro do Tratado de Lisboa, resultou na sua rejeição pelos eleitores irlandeses, em Junho de 2008. Em 17 de julho de 2009, o Parlamento da Islândia concordou em pedir formalmente a adesão à UE, iniciando conversações para um acordo a ser submetido a referendo aos eleitores islandeses. Em 23 de julho de 2009, o Ministro dos Negócios Estrangeiros islandês apresentou, formalmente, o pedido de adesão da Islândia ao seu homólogo sueco (a Suécia assumiu a Presidência da UE nesse mês). Em 2 de outubro de 2009, os eleitores irlandeses aprovaram o Tratado de Lisboa. Com a aprovação final pela República Checa, em 3 de novembro de 2009, a União Europeia concluiu a ratificação do Tratado de Lisboa, entrando em vigor em 1 de dezembro de 2009.

Em 22 de dezembro de 2009, a Sérvia apresentou a candidatura oficial de adesão à União Europeia.[19]

sábado, 24 de abril de 2010

ENTREVISTA 25 DE ABRIL

Alimentação
– Qual era a base da alimentação?

R: Era o porco e os animais que se criavam, e todos os alimentos que se cultivavam.

-Onde eram feitas as compras?

R: Haviam poucas compras, mas o que se comprava era nos sotãos.
-Preços?
R: Os preços eram mais baixos que agora.


Moda
– Onde se comprava a roupa?

R: A roupa não se comprava era feita por costureiras, á medida.
- Quanto durava um casaco? E um par de sapatos?

R: Estes materiais duravam o maximo, porque toda a gente poupava nisto, duravam até se romper praticamente.
- Quem ditava a moda?

R: As pessoas não ligavam muito á moda.

Namoros
– Como se namorava?

R: Quase não se podia namorar, e quando se namorava era as escondidas.
- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas?

R: Os rapazes tinham mais liberdade, por exemplo eles podias ir ao café as raparigas não.
- Quais eram os divertimentos?

R: Na quela altura os divertimentos eram poucos.

Saúde
– Onde se ia quando se ficava doente?

R: Os medicos deslocavam-se a cavalo para acudir os doentes.
- Vacinas?

R: As vacinas eram dadas pelos enfermeiros, ou pessoas que soubessem dalas.
- Mais ou menos doenças?

Escola
– Como era a escola?

R: A escola era mais rigida e dura.
- Como eram os professores? Como castigavam?

R: Os professores eram rigorosos e batiam com reguas e etc.
- O que era preciso para passar de ano?

R: Para passar de ano era preciso saber o que os professores mandavam e tirar boas notas nos exames que se faziam.
- Quem seguia os estudos?

R: Normalmente quem seguia os estudos eram mais os rapazes e os mais ricos.
- Eram da Mocidade portuguesa? Como era?

R: Sim alguns eram da mocidade portuguesa.

Tempos livres
– Tinham férias? Onde iam de férias?

R: Havia poucas férias, só os ricos é que as tinham. Ou então aqueles que tinham poder.
- Tinham fins-de-semana?
-O que costumavam fazer?

Transportes
– Como iam para o emprego?

R: As vezes ia-se a cavalo.
-Como eram os transportes?

R: Naquela altura já havia carros e motas, mas eram pocos.

Emprego
– Tinham subsídios?
-Tinham assistência?
-Com que idade começaram a trabalhar?

R: A trabalhar começou-se muito cedo, cerca dos 16 ou 18 anos. Havia quem começa-se mais cedo, aos 14 e 15 anos.
-Alguém emigrou? Para onde e porquê?

R: Emigravam algumas pessoas, mas clantestinamente.

Guerra
– Alguém foi à Guerra?

R: Sim foi muita gente á guerra.

Comunicação social
– Como sabiam o que se passava no país e no mundo?

R: Atravez da rádio.
- Notavam que havia censura?

R: Sim isso notava-sm e muito.

25 de Abril de 1974
-Como foi viver o 25 de Abril de 1974

R: O 25 de avbril foi bom e mau. mas se formos ver agora foi bom claro.
-Como sentiram o dia 25 de abril?

R: No fim do dia foi um grande alivio.
-O que mudou?

R: Mudou muita coisa, principalmente a liberdade.

NOME DO ENTREVISTADO: Julio Silva
DATA DE NASCIMENTO :
LOCAL: Lisboa

quinta-feira, 11 de março de 2010

1- TITULO- La vita è Bella/ A Vida É Bonita
2- REALIZADOR- Roberto Benigni
3- GÉNERO-
4- ACTORES PRINCIPAIS- Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giustino, Durano, Sergio Bini Bustric, Horst Buchhodz.
6- TEMPO DA ACÇÃO- 1997
7- ESPAÇO DA ACÇÃO- Itália
8- TEMÁTICA- Comédia Dramática

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Charles De Gaulle


Após uma curta batalha, os alemães venceram o exército francês e seus aliados, em 1940, no início da Segunda Guerra Mundial. O país foi dividido. Uma parte ficou sob domínio direito dos alemães. A outra era uma ditadura do marechal Henri Phillipe Pétain, que transferiu a capital para Vichy, onde montou um governo conservador e aliado dos nazistas. Enquanto isso, em Londres, o general Charles de Gaulle lançou o movimento de resistência França Livre. De Gaulle era um oficial de prestígio e havido sido prisioneiro dos alemães na Primeira Guerra Mundial. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e, mais tarde, subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Os grupos de sabotagens e a rede de informações de inteligência militar comandados por de Gaulle foram vitais para a retomada da França pelos aliados. Aclamado herói de guerra, ele retornou à França em junho de 1944. Eleito presidente da República em 1945, não conseguiu maioria na Assembléia Nacional e renunciou em 1946. Do pós-guerra a 1958, o país, ainda devastado pelo conflito, mundial passou por governos instáveis e enfrentou revoltas das colônias na África. Em 1958, no auge da crise da Argélia, os militares pressionaram a Assembléia Nacional a convidar de Gaulle para elaborar uma nova Constituição, mais presidencialista. Nascia assim a 5ª. República Francesa. Eleito novamente presidente, em 1959, de Gaulle iniciou um governo forte, nacionalista e conservador. No entanto, negociou a independência da Argélia e enfrentou a oposição armada dos oficiais de direita do Exército. Além de reerguer a economia, ele desvinculou o comando militar da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, controlada pelos Estados Unidos. Assim, restabeleceu o poder político da França na Europa. Reelegeu-se presidente em 1965, mas foi superado pelas mudanças políticas. "Um estadista tem que ser determinado e tenaz, tem que ter o apoio de todas as forças de um grande país e manter um sólido sistema de alianças. Mas se não for capaz de entender as tendências de seu tempo, ele fracassará", disse. As revoltas estudantis de maio de 1968 foram o primeiro sinal de que seu estilo de governo conservador não era compatível com o novo panorama político francês, a evolução da democracia, os sindicatos e as greves. Renunciou em 1969, após ser derrotado no plebiscito (consulta popular) sobre uma reforma constitucional que pretendia fazer. Morreu aos 80 anos de idade.

Franklin Delano


Nascido em Hyde Park, no estado de Nova Iorque, no seio de uma família abastada, Roosevelt foi educado na Europa e nas universidades de Harvard e Columbia, tornando-se jurista. Em 1910 foi eleito para o senado do estado de Nova Iorque. Ocupou o cargo de subsecretário da marinha nas administrações do presidente Wilson nos anos de 1913-21, e trabalhou muito no sentido de aumentar a eficiência da marinha durante a Primeira Grande Guerra. Sofreu de poliomielite a partir de 1921, mas regressou à política, tendo sido eleito para o cargo de governador do estado de Nova Iorque em 1929. Quando foi eleito presidente em 1933, Roosevelt apontou para um novo espírito de esperança através do seu hábil programa de rádio Conversas à Lareira, e do seu discurso de tomada de posse: A única coisa que temos de temer é o próprio medo. Rodeando-se de uma companhia de cérebros de peritos, lançou de imediato o seu programa de reformas. Os bancos reabriram, o crédito federal foi restaurado, o padrão-ouro foi abandonado e o dólar desvalorizado. Durante os primeiros cem dias da sua administração, pôs em prática uma importante legislação de modo a facilitar a retoma industrial e agrícola. Em 1935 introduziu a lei das acções de empresas de utilidade pública, dirigida contra os abusos das companhias de accionistas maioritários e a lei da segurança social, providenciando seguros e pensões de invalidez e de reforma. A eleição presidencial de 1936 foi inteiramente ganha com base nas políticas do chamado novo contrato (new deal). Durante 1935-36 Roosevelt envolveu-se num conflito sobre a formação do Supremo Tribunal, seguindo-se a anulação de grande parte das medidas do novo contrato, consideradas inconstitucionais. Em 1938 introduziu medidas de assistência agrícola e melhoria das condições de trabalho. No que respeita à sua política externa, Roosevelt empenhou-se em utilizar a sua influência para diminuir a agressão no Eixo, e estabelecer relações de boa vizinhança com outros países do continente americano. Pouco depois de rebentar a guerra, lançou um vasto programa de rearmamento, introduziu o recrutamento, e providenciou o fornecimento de armamento aos Aliados. Apesar de uma oposição fortemente isolacionista, quebrou um precedente de longo termo ao concorrer para um terceiro mandato, sendo reeleito em 1940. Anunciou que os EUA se tornariam no arsenal da democracia. Roosevelt estava desejoso que os EUA entrassem na guerra pelo lado dos Aliados. Para além da repulsa que tinha por Hitler, pretendia estabelecer os EUA como uma potência mundial, preenchendo o vazio que resultaria da desagregação do império britânico. Foi limitado pelas forças isolacionistas no Congresso, e alguns argumentaram que ele tinha recebido de bom grado o ataque japonês a Pearl Harbor. A opinião pública era contra o envolvimento na guerra. Alegadamente, Roosevelt e os chefes militares não deram a conhecer, deliberadamente, os relatórios secretos recebidos de vários serviços de informação e que afirmavam estar iminente um ataque dos japoneses à base naval de Pearl Harbor, no Havai. As mortes ocorridas em Pearl Harbor no dia 7 de Dezembro de 1941 chocaram a opinião pública, e os EUA puderam então entrar na guerra. A partir deste ponto, Roosevelt chamou a si o comando da guerra. Participou nas conferências de Washington, em 1942, e de Casablanca em 1943, para planear o assalto ao Mediterrâneo; nas conferências de Quebeque, Cairo e Teerão, em 1943; e de Ialta em 1945, onde se realizaram os preparativos finais para a vitória dos aliados. Foi reeleito num quarto mandato em 1944, mas faleceu em 1945.

Winston Churchill


Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, em 30 de Novembro de 1874; morreu em Londres em 24 de Janeiro de 1965. Era filho de Lord Randolph Churchill e da sua mulher americana Jennie Jerome. Após ter acabado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Durante a guerra dos Boers, de quem foi prisioneiro, protagonizou uma fuga que o tornou mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores. Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo, ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica. Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz. Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro Ministro. Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler. Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.

José Estaline


Pode dizer-se que se tinha iniciado a sua lenta ascensão até ao cume do poder. Durante a revolução de 1917, Estaline não teve qualquer papel protagonista. Na polémica entre Lenine, partidário da acção revolucionária insurreccionista, e Zinoviev e Kamenev, opositores do insurreccionismo, Estaline decidiu-se por Lenine e chegou a fazer parte de um centro bolchevique de acção, que se juntou ao Comité Revolucionário presidido por Trotsky, criador do Exército Vermelho. A vitória bolchevique que valeu a Estaline ser nomeado comissário de nacionalidades, posto em que esteve cinco anos. A conduta de Estaline revela-se confusa durante a guerra civil que se seguiu à revolução bolchevique, se bem que o próprio Trotsky reconheça ter sido um soldado valente. Mas em Abril de 1922 dá um passo decisivo na sua carreira, já que no XI Congresso, o último presidido por Lenine, Estaline foi nomeado secretário-geral do partido. Não foi Estaline, mas Lenine, quem, contrariando os princípios da democracia socialista, fez bolchevique um partido único de sinal totalitário, sem qualquer liberdade de expressão e sem pluralismo partidário da classe trabalhadora. Este foi o aparelho herdado e não criado por Estaline no momento de entrar na luta para a sucessão de Lenine, quando este morreu em Janeiro de 1924. Apesar de ser essencialmente um político, Estaline escreveu o suficiente para encher 13 volumes com os seus discursos, informações, cartas, etc. Mesmo de forma teórica, abordou o leninismo, que definiu como a união do ímpeto russo com o activismo americano. Estaline defendeu a sua candidatura à sucessão de Lenine, apesar de ter sido deserdado pelo próprio Lenine. A confiança inicial que o levara a nomeá-lo secretário-geral do partido em 1922 tinha desaparecido. Por isso aconselhou no seu testamento que Estaline fosse substituído no secretariado geral porque, segundo as suas palavras, era um homem rude e com tendência a abusar do poder. Conhecia-o bem. Apesar de tudo, a estratégia para suceder a Lenine foi uma peça mestra e conspiração política. Com Lenine ainda vivo, em 1923, Estaline formou com Zinoviev e Kamenev, outros dois candidatos, um tiunvirato para destituir o herdeiro in pectore, Leon Trotsky. Pouco depois de morrer Lenine, Estaline minimizou o internacionalismo daquele a favor do socialismo de um país, e em 1Na XIV. Conferência do Partido apareceu Estaline ao lado da direita do partido, Bujarin, Rikov e Tomsky, ao mesmo tempo que os seus antigos triúnviros, Zinoviev e Kamenev, se juntaram a Trotsky. Em 1928-1929 vem o terceiro acto: Zinoviev, Kamenev, Trotsky e os seus partidários são expulsos do partido. E o acto final: Bujarin, Rikov e Tomsky têm a mesma sorte. Desembaraçado assim de todos os estorvos, expulsa Trotsky da Rússia em 1929 e fica só no topo do poder. Já ninguém lhe faz sombra. Nesse mesmo ano empreendeu uma gigantesca empresa, contra todos os pareceres: a industrialização da Rússia. Propunha-se corrigir numa década os cinquenta ou mais anos de atraso que levava em relação aos países industrializados. Claro, os sacrifícios e esforços foram imensos. Só em 1930, vinte e cinco milhões de camponeses foram transferidos das suas terras para os centros industriais. Em poucos anos passou-se do arado de madeira às granjas altamente mecanizadas. Os camponeses opuseram uma forte resistência, mas foram vencidos. Milhões deles terminaram nos campos de trabalho. Simultaneamente, Estaline levou a cabo a eliminação fisíca de todos os possíveis adversários e aspirantes à sua sucessão. Foi o capítulo sinistro das grandes purgas, em que os melhores cérebros e as melhores carreiras desapareceram com a justiça célebre do fiscal Vichinsky. Toda uma grande primeira geração revolucionária foi levada ao cadafalso, após confessar as maiores iniquidades inventadas por Estaline.925 afastou Trotsky da sucessão.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

António Salazar


Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.

Francisco franco


Conservador ferrenho, Francisco Franco não era nem um pouco simpático. Até seu aliado, o nazista Adolf Hitler, disse uma vez que um encontro com ele era mais desagradável do que ter quatro ou cinco dentes arrancados.
Oficial de infantaria, Franco se destacou em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça.
Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias.
Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola.
Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo.
Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica.
Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos.
O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália.
Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. O príncipe Juan Carlos subiu ao trono após a morte do ditador, em 1975, e a Espanha foi reconduzida à democracia.

Adolfo Hitler


Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.
Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).
Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.
Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.
Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).
Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.
O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.
Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.
Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.
Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

Benedito Mussolini


O líder ("Duce") do fascismo italiano iniciou sua carreira política no Partido Socialista Italiano (PSI), em 1900. Durante alguns anos, foi professor na Suíça (1902-1904) e funcionário do partido em Trento, na época território austríaco. Mussolini fundou em 1909 a revista Lotta di Classe, antes de se tornar chefe de redação do Avanti!, entre 1912 e 1914, órgão de propaganda do Partido Socialista. Foi também o porta-voz da ala esquerdista do partido. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, em que defendeu a participação da Itália no conflito com a Áustria, Mussolini afastou-se do PSI. Em 1914, fundou o diário Popolo d'Italia, destinado à propagação da ideologia socialista. Mais tarde, faria desse jornal o órgão oficial do fascismo. Foi então expulso do PSI. Depois de sua participação na Primeira Guerra Mundial, constituiu em Milão o primeiro Fasci di combattimento (Feixes de combate), núcleo do futuro movimento fascista. O seu sinal distintivo era o "fasces" do Império Romano (símbolo do poder dos cônsules da Antiguidade). Em 1921, fundou o Partito Nazionale Fascista (PNF), a partir das associações fascistas que atuavam contra as organizações de trabalhadores. Com a "Marcha sobre Roma" (28-10-1922), conseguiu ser nomeado chefe de governo pelo rei Vítor Manuel II. Anos depois, construiria o primeiro Estado fascista na Europa. Por meio de uma política autoritária de ordem pública e do fortalecimento da economia italiana, debilitada pela guerra, Mussolini viu sua popularidade estender-se a um amplo setor da população no final da década de 1920. Depois do assassinato do líder da oposição Giacomo Matteoti por militantes fascistas, impôs um golpe de estado, em 1925. Legalizada a nova situação em 1926, governou com poderes ditatoriais, eliminando seus adversários políticos e criando um sistema de partido único baseado no corporativismo. Seu grande sucesso na política interna foi a reconciliação com o papa Pio XII, depois da assinatura dos acordos de Latrão. A erradicação do desemprego, a secagem de terrenos pantanosos e a repressão à resistência na Tripolitânia fortaleceram a posição política de Mussolini, que se destacava por sua retórica contundente. A conquista da Etiópia em 1935-1936 representou uma reviravolta na política externa italiana. Convencido, até então, da necessidade de efetuar o rearmamento alemão, o "Duce" iniciou uma aproximação com a Alemanha ao constatar a tímida reação das potências ocidentais. A participação conjunta com os alemães na Guerra Civil Espanhola de 1936 a 1939, a fundação do eixo Roma–Berlim em 1936 e a assinatura do Pacto de Aço em 1939 conduziram Mussolini a uma posição de submissão a Hitler. Em setembro de 1938, ainda conseguiu evitar a eclosão da guerra com sua mediação no Pacto de Munique, mas em 1939 as suas tentativas para manter a paz fracassaram. Com a entrada da Itália na Segunda Guerra Mundial, em junho de 1940, Mussolini assumiu pessoalmente o comando das tropas italianas. Depois das derrotas na Grécia e na África (perda da Etiópia em 1941 e da Líbia em 1942) e do desembarque dos Aliados na Sicília em 1943, o conselho fascista retirou-lhe o apoio e foi preso por ordem do rei. Foi ainda libertado por pára-quedistas alemães de sua prisão no Gran Sasso, fundando no norte da Itália a República Soziale Italiana (República de Saló), sob o domínio de Hitler. Mas deu-se a ruptura na frente de combate alemã e o antigo "Duce" foi capturado, mesmo antes do fim da guerra, pelos partisans italianos, quando tentava fugir com sua amante, Claretta Petacci. Foi sumariamente fuzilado.