domingo, 16 de maio de 2010
Entrada de portugal na União Europeia
As vantagens foram :
Os grandes subsídios europeus;
Do ponto de vista político e económica a adesão foi essencial e benéfica para todos os que apoiam a democracia e o desenvolvimento;
A nível social, a adesão permitiu-nos maior facilidade em viajar, trabalhar, estudar.
As desvantagens:
A perda de soberania de Portugal;
Não assume extrema importância o facto de o nosso Estado ter que obedecer a uma entidade superior;
O facto de quando Portugal aderiu à UE em 1986, esta já se encontrava numa fase em que era excedentária em produtos agrícolas e industriais e fez com que não tivessemos tanto dinheiro como outros países.
Países da uniao europeia
História da união europeia
Em 1957, estes seis países assinaram o Tratado de Roma, que prorrogou o período de cooperação no âmbito da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e criou a Comunidade Económica Europeia (CEE), que institui a união aduaneira e a Euratom, para a cooperação no desenvolvimento de energia nuclear.[11]Em 1967, o Tratado de fusão criou um único conjunto de instituições das três comunidades, que foram referidos coletivamente como Comunidades Europeias (CE), embora geralmente apenas como Comunidade Europeia. [12]
Em 1973, a Comunidade Europeia é alargada de forma a incluir a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido.[13] A Noruega tinha negociado também a sua entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade. Em 1979, realizaram-se as primeiras eleições democráticas para o Parlamento Europeu.[14]A Grécia aderiu em 1981, e Espanha e Portugal em 1986.[15] Em 1985, o Acordo de Schengen abriu caminho para a criação de uma Europa sem fronteiras, permitindo que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar passaportes na maioria dos Estados-membros e de alguns Estados não-membros.[16] Em 1986, a bandeira europeia começou a ser utilizada pela Comunidade e Acto Único Europeu foi assinado.
Em 1990, após a queda do Cortina de Ferro, a antiga Alemanha Oriental tornou-se parte da Comunidade, como parte da recém-unida Alemanha. Com o alargamento para a Europa Central e Oriental na ordem do dia, os critérios de Copenhaga para os Estados candidatos à adesão à União Europeia foram acordados.
A União Europeia foi formalmente criada quando o Tratado de Maastricht entrou em vigor em 1 de Novembro de 1993,[17] e, em 1995, a Áustria, Suécia e Finlândia juntaram-se à recém-criada União Europeia. Em 2002, o euro tornou-se na moeda nacional em 12 dos Estados-membros. Desde então, o euro passou a englobar dezesseis países, com a Eslováquia a aderir à Zona Euro em 1 de Janeiro de 2009. Em 2004, a UE viu o seu maior alargamento, até à data quando Malta, Chipre, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria aderiram à União Europeia.[18]
Em 1 de Janeiro de 2007, Roménia e Bulgária tornaram-se nos mais novos membros da UE e a Eslovénia adoptou o euro. Em dezembro de 2007, os líderes europeus assinaram o Tratado de Lisboa, que se destina a substituir a falhada Constituição Europeia, que nunca entrou em vigor depois de ter sido rejeitada pelos eleitores franceses e holandeses. No entanto, a incerteza sobre o futuro do Tratado de Lisboa, resultou na sua rejeição pelos eleitores irlandeses, em Junho de 2008. Em 17 de julho de 2009, o Parlamento da Islândia concordou em pedir formalmente a adesão à UE, iniciando conversações para um acordo a ser submetido a referendo aos eleitores islandeses. Em 23 de julho de 2009, o Ministro dos Negócios Estrangeiros islandês apresentou, formalmente, o pedido de adesão da Islândia ao seu homólogo sueco (a Suécia assumiu a Presidência da UE nesse mês). Em 2 de outubro de 2009, os eleitores irlandeses aprovaram o Tratado de Lisboa. Com a aprovação final pela República Checa, em 3 de novembro de 2009, a União Europeia concluiu a ratificação do Tratado de Lisboa, entrando em vigor em 1 de dezembro de 2009.
Em 22 de dezembro de 2009, a Sérvia apresentou a candidatura oficial de adesão à União Europeia.[19]
sábado, 24 de abril de 2010
ENTREVISTA 25 DE ABRIL
Alimentação
– Qual era a base da alimentação?
R: Era o porco e os animais que se criavam, e todos os alimentos que se cultivavam.
-Onde eram feitas as compras?
R: Haviam poucas compras, mas o que se comprava era nos sotãos.
-Preços?
R: Os preços eram mais baixos que agora.
Moda
– Onde se comprava a roupa?
R: A roupa não se comprava era feita por costureiras, á medida.
- Quanto durava um casaco? E um par de sapatos?
R: Estes materiais duravam o maximo, porque toda a gente poupava nisto, duravam até se romper praticamente.
- Quem ditava a moda?
R: As pessoas não ligavam muito á moda.
Namoros
– Como se namorava?
R: Quase não se podia namorar, e quando se namorava era as escondidas.
- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas?
R: Os rapazes tinham mais liberdade, por exemplo eles podias ir ao café as raparigas não.
- Quais eram os divertimentos?
R: Na quela altura os divertimentos eram poucos.
Saúde
– Onde se ia quando se ficava doente?
R: Os medicos deslocavam-se a cavalo para acudir os doentes.
- Vacinas?
R: As vacinas eram dadas pelos enfermeiros, ou pessoas que soubessem dalas.
- Mais ou menos doenças?
Escola
– Como era a escola?
R: A escola era mais rigida e dura.
- Como eram os professores? Como castigavam?
R: Os professores eram rigorosos e batiam com reguas e etc.
- O que era preciso para passar de ano?
R: Para passar de ano era preciso saber o que os professores mandavam e tirar boas notas nos exames que se faziam.
- Quem seguia os estudos?
R: Normalmente quem seguia os estudos eram mais os rapazes e os mais ricos.
- Eram da Mocidade portuguesa? Como era?
R: Sim alguns eram da mocidade portuguesa.
Tempos livres
– Tinham férias? Onde iam de férias?
R: Havia poucas férias, só os ricos é que as tinham. Ou então aqueles que tinham poder.
- Tinham fins-de-semana?
-O que costumavam fazer?
Transportes
– Como iam para o emprego?
R: As vezes ia-se a cavalo.
-Como eram os transportes?
R: Naquela altura já havia carros e motas, mas eram pocos.
Emprego
– Tinham subsídios?
-Tinham assistência?
-Com que idade começaram a trabalhar?
R: A trabalhar começou-se muito cedo, cerca dos 16 ou 18 anos. Havia quem começa-se mais cedo, aos 14 e 15 anos.
-Alguém emigrou? Para onde e porquê?
R: Emigravam algumas pessoas, mas clantestinamente.
Guerra
– Alguém foi à Guerra?
R: Sim foi muita gente á guerra.
Comunicação social
– Como sabiam o que se passava no país e no mundo?
R: Atravez da rádio.
- Notavam que havia censura?
R: Sim isso notava-sm e muito.
25 de Abril de 1974
-Como foi viver o 25 de Abril de 1974
R: O 25 de avbril foi bom e mau. mas se formos ver agora foi bom claro.
-Como sentiram o dia 25 de abril?
R: No fim do dia foi um grande alivio.
-O que mudou?
R: Mudou muita coisa, principalmente a liberdade.
NOME DO ENTREVISTADO: Julio Silva
DATA DE NASCIMENTO :
LOCAL: Lisboa
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Charles De Gaulle
Após uma curta batalha, os alemães venceram o exército francês e seus aliados, em 1940, no início da Segunda Guerra Mundial. O país foi dividido. Uma parte ficou sob domínio direito dos alemães. A outra era uma ditadura do marechal Henri Phillipe Pétain, que transferiu a capital para Vichy, onde montou um governo conservador e aliado dos nazistas. Enquanto isso, em Londres, o general Charles de Gaulle lançou o movimento de resistência França Livre. De Gaulle era um oficial de prestígio e havido sido prisioneiro dos alemães na Primeira Guerra Mundial. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e, mais tarde, subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Os grupos de sabotagens e a rede de informações de inteligência militar comandados por de Gaulle foram vitais para a retomada da França pelos aliados. Aclamado herói de guerra, ele retornou à França em junho de 1944. Eleito presidente da República em 1945, não conseguiu maioria na Assembléia Nacional e renunciou em 1946. Do pós-guerra a 1958, o país, ainda devastado pelo conflito, mundial passou por governos instáveis e enfrentou revoltas das colônias na África. Em 1958, no auge da crise da Argélia, os militares pressionaram a Assembléia Nacional a convidar de Gaulle para elaborar uma nova Constituição, mais presidencialista. Nascia assim a 5ª. República Francesa. Eleito novamente presidente, em 1959, de Gaulle iniciou um governo forte, nacionalista e conservador. No entanto, negociou a independência da Argélia e enfrentou a oposição armada dos oficiais de direita do Exército. Além de reerguer a economia, ele desvinculou o comando militar da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, controlada pelos Estados Unidos. Assim, restabeleceu o poder político da França na Europa. Reelegeu-se presidente em 1965, mas foi superado pelas mudanças políticas. "Um estadista tem que ser determinado e tenaz, tem que ter o apoio de todas as forças de um grande país e manter um sólido sistema de alianças. Mas se não for capaz de entender as tendências de seu tempo, ele fracassará", disse. As revoltas estudantis de maio de 1968 foram o primeiro sinal de que seu estilo de governo conservador não era compatível com o novo panorama político francês, a evolução da democracia, os sindicatos e as greves. Renunciou em 1969, após ser derrotado no plebiscito (consulta popular) sobre uma reforma constitucional que pretendia fazer. Morreu aos 80 anos de idade.
Franklin Delano
Nascido
Winston Churchill
Nasceu no Palácio de Blenheim, em Woodstock, no Oxfordshire, em 30 de Novembro de 1874; morreu em Londres em 24 de Janeiro de 1965. Era filho de Lord Randolph Churchill e da sua mulher americana Jennie Jerome. Após ter acabado o curso na Academia Militar de Sandhurst e ter servido como oficial subalterno, de 1895 a 1899, no regimento de Hussardos n.º 4, foi correspondente de guerra em Cuba, na Índia e na África do Sul. Durante a guerra dos Boers, de quem foi prisioneiro, protagonizou uma fuga que o tornou mundialmente conhecido, e de que relatou as peripécias no seu livro De Londres a Ladysmith. Churchill entrou para a política como Conservador, tendo sido eleito deputado em 1900, mas em 1904 rompeu com o Partido devido à política social dos Conservadores. Aderiu ao Partido Liberal e em 1906, tendo sido eleito deputado, foi convidado para o Governo, ocupando primeiro o cargo de Sub-Secretário de Estado para as Colónias, mais tarde, em 1908, a pasta de Presidente da Junta de Comércio (Board of Trade).Após as eleições de 1910 foi transferido para o Ministério do Interior, e finalmente foi nomeado, em Outubro de 1911, Primeiro Lorde do Almirantado, onde impôs uma política de reforço e modernização da Marinha de Guerra britânica. Pediu a demissão em plena Primeira Guerra Mundial, devido ao falhanço da expedição britânica aos Dardanelos, na Turquia, de que tinha sido o principal promotor. Alistou-se no exército, e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers» na frente ocidental. Regressou ao Parlamento em 1916, regressando a funções governamentais no último ano de guerra, como ministro das munições. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Churchill foi-se tornando cada vez mais conservador, continuando a participar activamente na política, como Ministro da Guerra (1919-1921) e Ministro das Colónias (1921-1922) em governos liberais. Em 1924 regressou ao Partido Conservador, sendo nomeado Ministro das Finanças (1924-1929) no governo conservador de Stanley Baldwin. Não participou em nenhum governo, de 1929 a 1939, mas continuou a ser eleito para o Parlamento, onde advertiu incessantemente do perigo que Hitler representava para a Paz. Em 1939 foi nomeado novamente Primeiro Lorde do Almirantado, e em 1940, no dia em que a Alemanha começou a ofensiva a Ocidente, invadindo a Holanda, a Bélgica, o Luxemburgo e a França, foi nomeado Primeiro Ministro. Fez com que o seu país resistisse às derrotas dessa Primavera de 1940, e ao desaparecimento de todos os seus aliados ocidentais, da Noruega à França, e dirigiu-o durante a Batalha de Inglaterra. Finalmente, aliado à União Soviética, desde o primeiro momento da invasão alemã, em Junho de 1941, e com o apoio e depois a participação activa dos Estados Unidos na guerra, acabou por vencer Hitler. Mesmo antes do fim da guerra, sofreu uma derrota espectacular nas eleições de 1945, sendo o seu governo substituído pelos trabalhistas de Atlee. Voltou ao poder em 1951, sendo primeiro-ministro até 1955, ano em que pediu a demissão, devido a problemas de saúde.
José Estaline
Pode dizer-se que se tinha iniciado a sua lenta ascensão até ao cume do poder. Durante a revolução de 1917, Estaline não teve qualquer papel protagonista. Na polémica entre Lenine, partidário da acção revolucionária insurreccionista, e Zinoviev e Kamenev, opositores do insurreccionismo, Estaline decidiu-se por Lenine e chegou a fazer parte de um centro bolchevique de acção, que se juntou ao Comité Revolucionário presidido por Trotsky, criador do Exército Vermelho. A vitória bolchevique que valeu a Estaline ser nomeado comissário de nacionalidades, posto em que esteve cinco anos. A conduta de Estaline revela-se confusa durante a guerra civil que se seguiu à revolução bolchevique, se bem que o próprio Trotsky reconheça ter sido um soldado valente. Mas em Abril de 1922 dá um passo decisivo na sua carreira, já que no XI Congresso, o último presidido por Lenine, Estaline foi nomeado secretário-geral do partido. Não foi Estaline, mas Lenine, quem, contrariando os princípios da democracia socialista, fez bolchevique um partido único de sinal totalitário, sem qualquer liberdade de expressão e sem pluralismo partidário da classe trabalhadora. Este foi o aparelho herdado e não criado por Estaline no momento de entrar na luta para a sucessão de Lenine, quando este morreu em Janeiro de 1924. Apesar de ser essencialmente um político, Estaline escreveu o suficiente para encher 13 volumes com os seus discursos, informações, cartas, etc. Mesmo de forma teórica, abordou o leninismo, que definiu como a união do ímpeto russo com o activismo americano. Estaline defendeu a sua candidatura à sucessão de Lenine, apesar de ter sido deserdado pelo próprio Lenine. A confiança inicial que o levara a nomeá-lo secretário-geral do partido em 1922 tinha desaparecido. Por isso aconselhou no seu testamento que Estaline fosse substituído no secretariado geral porque, segundo as suas palavras, era um homem rude e com tendência a abusar do poder. Conhecia-o bem. Apesar de tudo, a estratégia para suceder a Lenine foi uma peça mestra e conspiração política. Com Lenine ainda vivo, em 1923, Estaline formou com Zinoviev e Kamenev, outros dois candidatos, um tiunvirato para destituir o herdeiro in pectore, Leon Trotsky. Pouco depois de morrer Lenine, Estaline minimizou o internacionalismo daquele a favor do socialismo de um país, e em 1Na XIV. Conferência do Partido apareceu Estaline ao lado da direita do partido, Bujarin, Rikov e Tomsky, ao mesmo tempo que os seus antigos triúnviros, Zinoviev e Kamenev, se juntaram a Trotsky. Em 1928-1929 vem o terceiro acto: Zinoviev, Kamenev, Trotsky e os seus partidários são expulsos do partido. E o acto final: Bujarin, Rikov e Tomsky têm a mesma sorte. Desembaraçado assim de todos os estorvos, expulsa Trotsky da Rússia em 1929 e fica só no topo do poder. Já ninguém lhe faz sombra. Nesse mesmo ano empreendeu uma gigantesca empresa, contra todos os pareceres: a industrialização da Rússia. Propunha-se corrigir numa década os cinquenta ou mais anos de atraso que levava em relação aos países industrializados. Claro, os sacrifícios e esforços foram imensos. Só em 1930, vinte e cinco milhões de camponeses foram transferidos das suas terras para os centros industriais. Em poucos anos passou-se do arado de madeira às granjas altamente mecanizadas. Os camponeses opuseram uma forte resistência, mas foram vencidos. Milhões deles terminaram nos campos de trabalho. Simultaneamente, Estaline levou a cabo a eliminação fisíca de todos os possíveis adversários e aspirantes à sua sucessão. Foi o capítulo sinistro das grandes purgas, em que os melhores cérebros e as melhores carreiras desapareceram com a justiça célebre do fiscal Vichinsky. Toda uma grande primeira geração revolucionária foi levada ao cadafalso, após confessar as maiores iniquidades inventadas por Estaline.925 afastou Trotsky da sucessão.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
António Salazar
Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.
Francisco franco
Oficial de infantaria, Franco se destacou em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça.
Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias.
Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola.
Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo.
Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica.
Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos.
O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália.
Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. O príncipe Juan Carlos subiu ao trono após a morte do ditador, em 1975, e a Espanha foi reconduzida à democracia.
Adolfo Hitler
Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).
Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.
Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.
Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).
Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.
O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.
Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.
Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.
Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.